Debate sobre o Livro: Histórias de captura

Investimentos mortíferos nas relações mãe e filha da autora Ana Cláudia Meira

                                                        Por Laura Sacchet Jaskulski

     Debater sobre as histórias de captura e os investimentos mortíferos nas relações mãe e filha, é adentrar na temática do investimento pulsional no tempo inicial da vida do infans

     Momento inaugural que, dos primeiros arranjos - choro e desconforto -, poderá advir um acorde, um começo de uma melodia rudimentar de comunicação do bebê junto a mãe, ou, poderá resultar em dissonâncias e estrondos, - berço do trauma sem uma trama psíquica. Tempo das primeiras impressões e inscrições inconscientes, no qual o Eu do infans encontra-se extremamente vulnerável nas origens, dependente do objeto. 

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No princípio foi o ato?

Marcas da violência doméstica

  No início, era apenas ciúme, mas até então Cristina gostava, via isso como sinal de que ele gostava dela. O ciúme evoluiu para situações de controle cada vez maiores. Em mais um rompante ela termina o relacionamento. Foi ao encontro do ex-namorado no portão de sua casa, pensou que ganharia flores, um pedido de desculpas; teve dois dedos da mão quebrados.

  Nara achava que o ciúmes que seu namorado demonstrava, "apimentava a relação". "Ele prestava atenção a todos os detalhes". "No início, isso era bom". Com o tempo, a desconfiança passou a ser o motivo de discussões cada vez mais violentas.

(In)doméstica Violência: marcas do narcisismo primário ferido?

Escrito do Boletim do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre - CEPdePA, edição julho 2022.

"[...] me encontro na interessante posição de não saber se o tema o qual pretendo abordar deve ser visto como algo há muito conhecido, e mesmo óbvio, ou como algo inteiramente novo e surpreendente."
(FREUD, 1940 [1938], p. 346)


Foto: Liebespaar (Amantes, em tradução livre)  (1914)

Artista Egon Schiele


A Dor do DesAmor:

Feminicídio e
Violência Doméstica 
na Pandemia

Escrito do Boletim do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre - CEPdePA, edição julho 2021.

Foto:  Das Schlafende Mädchen (1913)

           Artista Egon Schiel

        Tradução livre: A Menina Adormecida

Egon Schiele foi um pintor austríaco. 
Seu traçado intenso traduz a transcendência 

do desamparo humano.

Complexo melancólico:

o anseio da alma

  O artigo parte de uma reflexão sobre o sentimento de nostalgia - esta estranha sensação de incômodo e desconforto diante de términos, perdas e separações presentes na vida. Encontra no "complexo do semelhante" (Freud, 1895) respaldo para propor como hipótese que a expressão "complexo melancólico" (Freud, 1917) tenha status de conceito estrutural, indo mais além do caráter psicopatológico dado por Freud. Sustenta a ideia de ser este complexo constitutivo do anímico, em um período anterior à constituição do desejo.

Trabalho realizado pelo Grupo de Estudos "Revisitando a Metapsicologia Freudiana" do CepdePa.

Depois a Louca Sou Eu

Este escrito é sobre Dani, protagonista do filme Depois a Louca Sou Eu. Desde pequena ela é assolada por momentos de angústia intensa, fobias. Atormentada de que algo pudesse acontecer à sua mãe, precisa constantemente certificar-se de que ela esteja bem.

O paradoxo do desejo: do mortífero a Eros

Este trabalho é resultante do percurso de uma análise. História que narra as manifestações da dor e do viver, as dores do corpo e da alma. Bela, a personagem desta narrativa compila e conta a história de muitas mulheres, que na sala de análise, revelam seus medos, sofrimentos e angústias.

Neste processo analítico, percebe-se como a intensidade do desamparo foi colapsando o nascimento incipiente do desejo, revelando no corpo as dores que não tinham voz pela palavra. O corpo, para além do biológico, também é o meio de expressão daquilo que o psíquico não dá conta de pôr em imagens ou palavras. Desta forma, muitas vezes, o sintoma  converte-se em expressão do psíquico, quando não há espaço para a subjetivação. 

Em um espaço de análise, torna-se possível compreender, historicizar e transformar as questões traumáticas. Enfim,  conhecer-se a si mesmo, a própria história, se redescobrir para que seja possível fazer mudanças do que é vivido como penoso; e nos tornar-se sujeito do seu próprio desejo.

Paixões, sentimentos, sensações, dores, e tristezas, porém, precisam de uma escuta singular que produzam eco no analista. Eles imprimem marcas em nosso fazer psi, tornando-nos diferentes a cada encontro ou (re)encontro com nossos analisandos. Isso é algo, que, segundo as palavras de Nasio (2003), está além da "nossa sensibilidade" para compreender e livrar nossos pacientes de seu sofrimento: "É preciso também experimentar em nós esse sofrimento, isto é, senti-lo vividamente, e isto sem ficar perturbado. [...] Não se trata de sentir o sofrimento atual que leva o paciente ao consultório, mas a antiga dor de seu trauma infantil: sentir em si o que o outro esqueceu. [...] É a única forma de o analista conhecê-lo verdadeiramente e tratá-lo de maneira eficaz. Dito isto, ele não pode se deixar invadir por uma emoção grande demais ou sucumbir à compaixão. Isso seria um enorme obstáculo à compreensão da situação. Ao longo dos anos, o analista aprendeu a controlar sua empatia e a não deixar desestabilizar. Decerto ele continua humano e caloroso, mas de modo algum compadecido" (NASIO, J. D. Um psicanalista no divã. p. 11-21. Rio de Janeiro: Zahar, 2003). 

Estes são alguns trechos contidos no trabalho O paradoxo do desejo: do mortífero a Eros.

coautoria em dois artigos:


Em construção. Mais noticias em breve.



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